Como a Inteligência Artificial está revolucionando o e-commerce 

Não é novidade que a Inteligência artificial está dominando diversos setores do mercado. Atualmente, é até difícil encontrar algum cenário em que ela não se faça presente, tanto do ponto de vista criativo quanto como ferramenta de gestão e otimização de processos.

No e-commerce, onde a tecnologia sempre foi um elemento central, já é possível encontrar diversos recursos sendo constantemente trabalhados. Até mesmo a definição de métricas tem sido alterada com tantas possibilidades oferecidas pelo recurso.

Esse assunto é fundamental para você que trabalha com marketing e tecnologia. Então siga a leitura para não ficar de fora desse avanço revolucionário.

O que são agentes de IA?

Os agentes de IA nada mais são do que recursos tecnológicos que automatizam tarefas. Na prática, são grandes sistemas que conseguem realizar múltiplas tarefas e tomar decisões mais embasadas, seguindo contextos e outras variáveis relevantes naquele momento.

Seus algoritmos interpretam os dados, aprendem com experiências anteriores e conseguem lidar com eventos sem a necessidade de intervenção humana, liberando os profissionais para tarefas mais criativas e analíticas.

No e-commerce, esses agentes estão presentes em várias frentes. Eles aparecem nos atendimentos de chatbots que entendem perguntas mais complexas, nas sugestões de produtos baseadas nas últimas buscas e até no controle de estoque, que tenta prever o que vai sair mais na próxima semana.

Você pode até mesmo empregar esse recurso para atualizar estratégias de marketing, focando na experiência pessoal de pequenos grupos de clientes em vez de ter que se ater às ações mais generalistas.

E tem mais: com esses sistemas funcionando bem, o processo todo fica mais ágil. O consumidor sente isso logo — desde o clique no produto até a finalização da compra.

Quais são os principais benefícios da inteligência artificial?

Como os dados são o grande material de trabalho das IAs, temos que destacar em primeiro lugar a sua capacidade de analisar grandes volumes desse ativo de uma só vez. Tudo acontece praticamente em tempo real, refletindo, é claro, na redução do tempo em que a gestão toma suas decisões.

Para o comércio eletrônico, contar com essa velocidade significa antecipar tendências, ajustar preços conforme a demanda do momento e até identificar quando o cliente está prestes a desistir da compra. O usuário está gerando dados o tempo todo, que são grandes insumos que podem ser utlizados pelos agentes.

Vale a pena reforçar a capacidade de automação que mencionamos brevemente no tópico anterior, pois esse é um fator determinante para empresas de todos os tamanhos e segmentos. A partir disso, os diferentes estágios dos funis de venda são alimentados com o mínimo de intervenção, otimizando a utilização do fator tempo, algo decisivo para a rotina moderna.

E tem aquela velha questão do carrinho abandonado, né? Com os dados certos, o sistema identifica quando isso está prestes a acontecer e pode agir, seja com um desconto, seja com uma mensagem que motive a finalização da compra.

Quais empresas já colhem os frutos da IA?

Você certamente já sabe que diversas empresas de tecnologia estão usando a IA há um bom tempo. As maiores, inclusive, oferecem serviços para o público geral, como Apple, Meta, Google e OpenAI.

O que talvez você ainda não saiba é que negócios mais tradicionais também estão se beneficiando dessas ferramentas, ainda que de formas distintas. Conheça abaixo três cases de sucesso.

Cosentino

Essa é uma empresa muito conhecida pelos profissionais de arquitetura e design, focada na fabricação de diferentes tipos de materiais, como revestimentos, bancadas, fachadas, granitos e muito mais.

Corebiz - Consultoria para Ecommerce

Presente em 114 países, ela utiliza os recursos de inteligência artificial principalmente para prever demanda e, com isso, evitar o desperdício de matérias-primas. Além de a marca aumentar sua capacidade lucrativa por antecipar momentos de vendas mais altas ou mais baixas, ela aproveita para reduzir o impacto ambiental e se posicionar como uma empresa verde.

eBay

O caso do eBay pode ser mais ilustrativo em relação ao dia a dia dos profissionais de e-commerce. Afinal, estamos falando aqui de uma gigante dos marketplaces — concorrente da Amazon, inclusive.

Seus esforços de IA estão amplamente voltados para a coleta de dados e melhoria da usabilidade geral do cliente, além de ações de personalização de marketing semelhantes às que mencionamos no segundo tópico deste artigo. Somado a isso, um ponto que rendeu notícia recentemente foi o uso desse recurso para combater a comercialização de produtos piratas no site.

Johnson & Johnson

A Johnson & Johnson adotou uma postura diferente quando o assunto é IA, formando uma grande parceria entre sua divisão médica com a Nvidia, fabricante de hardware, principalmente placas de vídeo, para melhorar a eficiência das cirurgias. Por estar presente em cerca de 80% das salas de cirurgia do mundo, o potencial lucrativo é enorme para as duas empresas.

E claro, grandes nomes do digital como Amazon, Shein e Alibaba estão entre os maiores investidores nessa área. Eles usam IA em praticamente tudo — desde o funcionamento dos buscadores até o atendimento por assistentes virtuais. Essa aposta em inovação permite que essas empresas cresçam e fiquem cada vez mais presentes na vida das pessoas.

O que esperar da IA no e-commerce até 2030?

O futuro da IA no e-commerce promete ser ainda mais interessante. Uma das grandes tendências é o avanço dos assistentes virtuais, que devem ficar cada vez mais naturais na conversa com os clientes.

A ideia é que eles resolvam dúvidas, façam sugestões e até finalizem compras sem precisar de ajuda humana. Comércios eletrônicos podem aproveitar essas novas interações para trabalhar o reconhecimento de marca, por exemplo.

Os recursos de voz também prometem ser um ponto central nas pesquisas, com algumas empresas aprimorando cada vez mais seus sistemas, como a Siri, da Apple, a Alexa, da Amazon, e a Google Assistant.

A Apple, inclusive, lançou no final de 2024 a versão beta do Apple Inteligence, que é uma versão para usuários mais completa e que simplifica bastante a rotina, com ajustes em fotos, traduções e outros recursos nativamente em seus dispositivos.

Para finalizar, é praticamente certo que as análises comportamentais ficarão superprecisas. A partir disso, as margens para ações ainda mais segmentadas é enorme e veremos um grande avanço em taxas de conversão, redução de abandono de carrinhos e outras métricas importantes.

Como as empresas podem se preparar para essa transformação?

Está claro que as transformações são inevitáveis e que nenhuma empresa poderá passar por essas mudanças sem se abalar de alguma forma. Sendo assim, o primeiro passo é investir em treinamento pessoal para que o quadro de colaboradores consigam lidar com todas as novidades que surgem em velocidades cada vez mais absurdas. Para isso, também é fundamental o desenvolvimento de uma cultura que fomente essa aplicação.

Na sequência, ter equipamentos de ponta para áreas-chave da empresa também fará bastante diferença, uma vez que os processos de inteligência artificial, quando não são gerados em nuvem, tendem a demanda bastante poder de processamento.

Ah! E não dá para esquecer da transparência. O uso de dados deve ser claro para o consumidor: ele precisa saber como suas informações estão sendo tratadas e ter controle sobre isso. Afinal, a confiança é um dos pilares do sucesso no digital — e construir essa relação com o público é algo que toda empresa deve priorizar.

Chegamos ao final do nosso artigo e a mensagem que queremos reforçar é a de que você não pode negligenciar essas mudanças. Elas estão acontecendo e quem não se adaptar vai ficar para trás. Portanto, se precisar de ajuda com essas transformações, não deixe de contar com uma empresa experiente em tecnologia de e-commerce.

Entre em contato conosco e saiba como podemos ajudar você nessa jornada pela inteligência artificial!

Escrito por:
Renan Mota, co-CEO & Founder
at Corebiz