Todo profissional de marketing digital, já percebeu que estar presente em vários canais não é mais um diferencial: é o mínimo. O desafio agora é criar conexões verdadeiras, que sejam realmente lembradas pelo consumidor.
Para alcançar isso, duas estratégias têm sido amplamente empregadas em conjunto, que são o cobranding e o crossmedia.
Marcas que trabalham bem com essas abordagens conseguem construir campanhas mais coesas, alcançar públicos maiores e gerar conversões com mais inteligência. No e-commerce, onde o consumidor decide rápido, essas estratégias fazem toda a diferença.
Vamos mergulhar aqui no que é cobranding e como ele amplia oportunidades, entender como a lógica crossmedia transforma a forma de contar histórias no ambiente digital e, por fim, veremos como ambas as práticas se combinam e podem ser aplicadas em campanhas que realmente movimentam o ponteiro das vendas. Acompanhe!
O que é cobranding e quais os seus benefícios?
Cobranding é, antes de tudo, colaboração com propósito. Duas (ou mais) marcas se juntam para criar algo que nenhuma delas conseguiria desenvolver sozinha. Isso vale tanto para um produto exclusivo, uma ação promocional ou um conteúdo que una seus universos.
Contudo, não se trata somente de juntar logos em um post. O cobranding bem-feito é construído sobre afinidade real de valores, de público e até de linguagem. Quando existe essa sintonia, o resultado é uma experiência compartilhada que ganha vida em diferentes pontos de contato.
Um exemplo recente que chamou atenção foi a parceria entre Netflix e Balmain para o lançamento da nova temporada de “The Harder They Fall”. A coleção trouxe elementos do velho oeste para o universo da moda de luxo, ativando não só fãs da série, mas também consumidores que talvez nem conhecessem a produção original. O alcance foi ampliado, os públicos se cruzaram e ambos os lados saíram ganhando.
Sendo assim, os benefícios do cobranding vão além do marketing: por meio do compartilhamento de recursos criativos, audiências e autoridade, as marcas envolvidas conseguem reduzir custos, acelerar lançamentos e testar ideias com mais ousadia.
O mais importante é que elas conseguem criar conexões emocionais com públicos novos, o que pode abrir portas para futuras campanhas ou até reposicionamentos.
O que é crossmedia e como funciona no marketing digital?
O crossmedia é uma forma de contar histórias em vários canais sem perder o fio da meada. Diferentemente de simplesmente replicar o mesmo conteúdo em todas as plataformas, a estratégia aqui é desenhar uma narrativa que se complementa a cada novo ponto de contato com o público.
Por exemplo, uma campanha pode começar com um teaser no TikTok, seguir com um vídeo explicativo no YouTube, aprofundar-se em um artigo no blog e fechar o ciclo com uma oferta personalizada por e-mail. A mensagem vai sendo construída aos poucos, como quem monta um quebra-cabeça com peças espalhadas por diferentes lugares.
O marketing digital se beneficia demais disso porque o consumidor raramente interage com a marca por um único canal. Ele vê um post, depois pesquisa no Google, visita o site, lê avaliações, assina a newsletter e faz outras ações.
Se cada um desses passos reforça a mesma identidade, com variações pensadas para cada ambiente, a marca se torna mais presente, mais lembrada e, consequentemente, mais confiável.
O segredo do crossmedia é pensar menos em canais isolados e mais em ecossistemas narrativos: não importa onde o público entre na jornada, o importante é que ele sinta coerência e queira continuar.
Estratégias combinadas: cobranding e crossmedia no digital
Separadas, cobranding e crossmedia já trazem bons resultados, mas quando são combinadas, o impacto tende a ser muito maior. Estamos falando de colaboração criativa amplificada por uma distribuição segmentada, com base em estratégia refinada.
Quer um exemplo? Então pense em duas marcas que desenvolvem juntas uma linha de produtos limitada. Em vez de anunciar isso somente com um post estático, elas decidem construir uma campanha crossmedia com conteúdos fragmentados em diferentes canais. Veja um exemplo:
●nos stories, mostram os bastidores da criação conjunta;
● no blog, aprofundam a história das marcas e por que elas se uniram;
● no YouTube, lançam um minidocumentário com depoimentos das equipes;
● no Pinterest, compartilham inspirações visuais da coleção;
● no WhatsApp, oferecem acesso antecipado a quem já é cliente.
O resultado é uma campanha que vai muito além do lançamento de um novo produto. Ela se transforma em uma conversa contínua com diferentes públicos, lidando com emoções, narrativas e interações. Ao fim, o público compra, é claro, mas também compartilha, fala sobre a ação, se fideliza e espalha para os amigos no mundo físico.
Essa combinação também favorece estratégias de segmentação porque é possível usar o cobranding para atingir novos nichos e o crossmedia para adaptar a linguagem de cada canal a essas diferentes audiências. O controle da jornada fica mais refinado, e as chances de conversão aumentam.
Como aplicar cobranding e crossmedia para aumentar conversões?
A aplicação prática dessas estratégias exige um olhar cirúrgico e alguma coragem para sair do óbvio.
O primeiro passo é identificar parcerias que façam sentido. Não pense só em marcas grandes ou da moda. Pense em afinidade genuína. Se não souber por onde começar, saiba que uma boa combinação é aquela que soma valores e ativa públicos com interesses cruzados.
Depois, construa uma campanha com foco em narrativa, pensando que o cobranding vai dar o tom e o conteúdo, enquanto o crossmedia cuida da trilha sonora e da distribuição. Pense também em qual será a primeira impressão que seu público vai ter, quais serão os pontos de contato ao longo da jornada e qual será o clímax da campanha.
Outra etapa importante é monitorar tudo. Afinal, as métricas não devem ser usadas só para avaliar resultados, mas para ajustar o percurso em tempo real. Veja quais canais estão trazendo mais tráfego, quais formatos geram mais interação e quais mensagens estão sendo mais compartilhadas. O bom uso de dados transforma campanhas criativas em motores de conversão.
Por fim, claro, não deixe o relacionamento esfriar após a campanha. Marcas que aproveitam esse momento para nutrir novos leads, enviar conteúdos exclusivos ou oferecer benefícios futuros tendem a manter o interesse aceso por muito mais tempo.
Estamos chegando ao final da nossa conversa e queremos reforçar que, no cenário digital atual, é cada vez mais difícil capturar atenção somente com promoções ou conteúdos repetidos em todas as redes. Consumidores esperam experiências autênticas, histórias que se conectem com suas realidades e marcas que saibam se posicionar.
Utilizando os recursos de cobranding e crossmedia com sabedoria, sua marca se torna parte do cotidiano das pessoas. Quando isso acontece, as conversões deixam de ser um objetivo isolado e passam a ser consequência de uma relação construída com consistência.
Dito isso, se sua próxima campanha ainda está no papel, talvez este seja o momento ideal para repensá-la com esse olhar mais integrado e colaborativo, focado nas principais tendências.
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